Flexitarianismo: mais que uma dieta, um estilo de vida

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O flexitarianismo é um movimento que tem conquistado cada vez mais adeptos, principalmente entre os jovens. Ele consiste na redução do consumo de alimentos e produtos de origem animal, seja por questões de saúde ou consciência ambiental. 

Além de uma prática por si só, o flexitarianismo também pode ser um caminho de transição para quem deseja tornar-se vegetariano ou vegano, mas ainda não se sente totalmente preparado para tal. Vamos conhecer um pouco mais sobre o assunto?

Além da saúde e nutrição

A proposta inicial poderia ser compreendida apenas como deixar de comer carne algumas vezes por semana, por exemplo. Mas o perfil da pessoa flexitariana se desenvolveu e foi muito além disso.

Os adeptos, geralmente, são indivíduos que buscam cuidar cada vez mais da sua saúde. Se preocupam com a procedência e qualidade dos alimentos que ingerem, com o meio ambiente, causas sociais e o sofrimento animal – evitando, inclusive, o consumo de produtos testados nestes. Estes traços podem variar em presença e intensidade, mas já pintam um retrato do lifestyle que é criado a partir do ideal adotado.

Flexitarianos também se atentam ao que consomem além da alimentação
Flexitarianos também se atentam ao que consomem além da alimentação

E a questão do rendimento nos treinos?

Para relembrar, o flexitarianismo, como o próprio nome sugere, baseia-se numa dieta flexível. Fica a seu critério e, é claro, também do nutricionista que irá lhe acompanhar nesse processo e identificar suas necessidades nutricionais e como supri-las.

Em conversa com a nutricionista e head do Bio Nutri, Fúlvia G. Hazarabedian, entendemos que se o adepto ao modelo flexitariano manter um acompanhamento regular com um profissional capacitado e seguir corretamente a dieta prescrita, pode ter uma mínima redução da recuperação muscular, mas nada que interfira no ganho de massa magra.

“Caso haja uma limitação de absorção de ferro e vitaminas de complexo B, isso, a longo prazo, pode gerar uma necessidade de suplementação por esses níveis estarem baixos, e isso, sim, pode apresentar uma diminuição no rendimento durante o treino.”, afirma Fúlvia.

No entanto, é importante considerar que, no final, o fator determinante é a condição genética de cada indivíduo, uma vez que ela interfere no aproveitamento das proteínas, na necessidade de suplementação…ou seja, é um processo individual.

Como realizar as substituições na dieta?

Para elaborar uma dieta rica e equilibrada, desenvolvida especialmente para o seu perfil, é importante que ela seja composta por alimentos que tenham fontes, por exemplo, de ferro e suplementação de vitamina B12 — principais deficiências para quem deixa de consumir proteína de origem animal. Aqui vão alguns exemplos: 

  • Alimentos ricos em ferro: beterraba, feijões e verduras de coloração verde escura.

Para contribuir para a absorção desse grupo alimentar, a nutricionista Fúlvia recomenda o acompanhamento de alimentos ricos em vitamina C (limão, laranja, maracujá, morango, abacaxi e etc).

“Qualquer alimentação que seja balanceada e adequada a um perfil, de forma metabólica, não possui contraindicações. […] Quando “caprichamos” no consumo de vegetais, isso é sempre muito saudável. Por outro lado, a alimentação incompleta de algum grupo alimentar pode levar a uma carência.”, segundo Fúlvia.

Deste modo, entendemos que não há, necessariamente, restrições de quem pode aderir ao flexitarianismo. Porém, a nutricionista frisa que qualquer movimento significativo deve ser feito com o acompanhamento de um profissional capacitado que faça uma análise completa e esteja atento a possíveis sinais de alerta.

Outro ponto que reitera a importância desse acompanhamento é que algumas vitaminas não são acumulativas e alguns minerais precisam de reposição diária, por isso, é importante que as dosagens, frequência e incidência dos alimentos ingeridos sejam avaliadas.

Fúlvia complementa que, para manter a saúde em dia e impulsionar hábitos mais positivos, deve-se manter uma análise individual, com uma avaliação periódica por exames de sangue. Menciona que, inclusive, existem até exames de DNA que identificam qual a capacidade de absorção e armazenamento de alguns micronutrientes.

Dica extra!

Deseja embarcar nessa experiência? Recomendamos que essa transição seja gradual, tanto para as escolhas alimentares, quanto para adequar-se ao estilo de vida como um todo. 

Comece por pequenas substituições ao longo do dia: uma refeição específica ou um dia na semana em que fará escolhas mais sustentáveis, por exemplo. 

Experimente, teste e explore os melhores mecanismos e combinações que fazem sentido para você, sempre com acompanhamento profissional.

Para ter uma consultoria alimentar exclusiva pensada especialmente para você, conheça o Bio Nutri. Neste programa, nosso time de nutricionistas especializados oferece cuidados individualizados e holísticos da saúde em geral com base na alimentação equilibrada.


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